Assumir para nós mesmos que temos dificuldades e que precisamos de ajuda é bastante difícil, quem dirá admitir isso para uma outra pessoa. Para alguns, é tabu falar sobre qualquer tipo de método terapêutico da área psi. Quem faz este tipo de tratamento pode ser rotulado como louco, fraco, problemático, piegas, os adjetivos são muitos. É quase intrínseco do ser humano esconder suas fraquezas e ter receio do que os outros vão pensar e isso dificulta bastante o processo de desenvolvimento pessoal.
Com base nos preconceitos, para uma pessoa, iniciar uma terapia ou análise é como admitir sua loucura, como uma doente mental. Isto é um pensamento bastante equivocado, pois a loucura está longe do que se trata em consultórios de psicólogos, psicanalistas e terapeutas. A loucura é uma ruptura com a realidade, quando se vive o irreal como se fosse real. Certamente, uma pessoa com esse tipo de sintoma não teria a consciência de suas questões internas e primeiro precisaria de um médico psiquiatra, ser medicado, para então poder fazer uma análise e lidar com seus delírios e alucinações.
Antes de procurar a ajuda de um profissional é preciso assumir honestamente, para si mesmo, que precisa de fato desta ajuda. É necessário contar ao profissional tudo o que lhe afeta, sempre respeitando seus limites e sem medo ou vergonha de ser julgado. Os detalhes podem ser determinantes para identificar os motivos dos sintomas apresentados e ajudar, por exemplo, com as angústias, dúvidas e principalmente o mal do século, a depressão.
Todos, em algum momento da vida, precisará de algum tipo de ajuda profissional para tratar de seus conteúdos inconscientes. Todos somos humanos, com diversos tipos de interpretações, reações e questões diante de acontecimentos no decorrer da vida. Iniciar um processo terapêutico, além de uma atitude corajosa e de amor próprio e para aqueles com quem relaciona, é o primeiro passo para saber lidar com o que aflige, conhecer mais sobre si mesmo, se autodesenvolver e viver uma vida com mais confiança e felicidade.