Quem nunca pronunciou a seguinte frase “Ah, depois eu faço!” ou “Ah, agora não!”, não teve a experiência de depois correr contra o tempo, com a sensação de que deveria ter feito antes e com melhor resultado. É um sentimento de culpa e de frustração, não é mesmo? A arte de procrastinar é muito comum e embora os brasileiros sejam os mais conhecidos por deixarem tudo para a última hora, este é um hábito inerente de todo ser humano.
O fato é que deixar para depois e acumular afazeres e projetos, sejam de vida ou de negócios, afeta muito nossa capacidade organizacional tanto física quanto psíquica. É um hábito que tem muito a ver com transtorno de ansiedade e depressão, pois estes últimos influenciam na nossa efetividade em realizar atividades. É bom realçar que nem todos os procrastinadores são depressivos ou têm transtornos graves de ansiedade, ou mesmo ao contrário, mas são condições que podem se relacionar e é preciso ter atenção em como se desencadeiam.
A procrastinação acontece, de modo simples, quando aquela sensação parecida com a preguiça de realizar algo em seu devido tempo é somada a uma ilusão de que depois haverá tempo suficiente para concluí-lo. Normalmente, essa sensação se dá por conta de uma desordem de prioridades pela quantidade de coisas que precisam ser feitas dentro de um tempo limite. Diante desta confusão mental, nosso cérebro prioriza guardar nossa energia e então, acabamos a fazer nada ou não terminamos as tarefas. Acontece tanto para coisas simples como lavar a louça ou as mais complexas como um projeto a ser apresentado ao chefe. Às vezes, aquilo para o que não temos data de execução estipulada é o que mais nos faz procrastinar coisas bacanas da vida e realizações, como visitar aquele amigo ou abrir um negócio próprio.
As dicas para parar de procrastinar são muitas. Você encontra facilmente na internet vários métodos e fórmulas para se organizar e alcançar suas metas. Listar prioridades, criar um mural visual com seus objetivos, planejamentos e checklists diários, manter um ambiente limpo e organizado, ajudam bastante a organizar sua baguncinha mental, mas não são fundamentais para a ação de fato. O que deve ser realmente trabalhado é a consciência do porquê aquilo deve ser feito. Você deve estar presente em cada tarefa que está sendo feita e lembrar o motivo pelo qual está trabalhando nisso. Qual o significado deste objetivo para você? O que você quer mudar? Onde você quer chegar? Questione-se! Elimine aquilo que não fizer sentido e priorize o que te faz vibrar! É aí que está o gatilho para a ação. Assim, será mais fácil estabelecer as prioridades embasadas em seus objetivos reais, será mais produtivo e estará mais perto de seus sonhos. Mas tenha em mente: Um passo de cada vez!