DA MARI

PSICOLOGIA, PSICANÁLISE, SEXUALIDADE E DIVERSIDADE DE GÊNERO

Será que todo relacionamento gera frustração?

Todo relacionamento, seja amoroso, de amizade, trabalho, pode gerar frustração e a culpa. Vamos desenvolver algumas ideias sobre o tema.

 

A resposta para o título desse post é sim! E não é porque as pessoas são ruins, mas sim porque somos sujeitos que pensamos diferentes, viemos de lugares e vivemos vidas diferentes. Mas, é possível diminuir as frustrações com muita conversa e psicoterapia.

 

Por trás da frustração

 

A frustração é um sentimento de impotência que gera desânimo quando o sujeito se depara com alguma coisa que sai fora do que ele havia planejado ou então sobre alguma necessidade não satisfeita. Sentimos frustração desde a primeira infância, com pequenas frustrações como receber um não, ir para a escola e ter que deixar a mãe, parar de mamar no peito etc.

 

Grande parte das frustrações são geradas a partir das expectativas que foram criadas em pessoas, ocasiões ou situações. Essa expectativa, muitas vezes, é individual e não foi compartilhada. Ou seja, se você não compartilha com o outro qual a sua expectativa, as chances desse outro sujeito te frustrar é grande. Se você não fala, o outro não tem como saber. Por isso a importância de uma boa comunicação, clara e assertiva.


Como lidar com a frustração?

 

Passar a vida inteira atribuindo as frustrações ao próximo é imaturo e irresponsável e inviabiliza qualquer relacionamento saudável.

 

O autor Marshall Rosenberg, em seu livro Comunicação Não Violenta, afirma que para uma comunicação assertiva é necessário fazer a distinção entre sentimentos e opiniões; necessidades e estratégias e pedidos e exigências. Isso, nos faz pensar na importância do autoconhecimento para uma vida com menos frustração e, consequentemente, um relacionamento mais saudável.

Nomear e verbalizar os sentimentos facilita a evitar frustrações de ambos os lados da relação. Já que se eu expresso o que eu penso e o que eu necessito nessa relação, fica muito mais fácil o outro saber se concorda e se está disposto a viver dessa forma.

 

Ao se sentir frustrado, faço um exercício. Se pergunte: “eu poderia ter feito algo para ser diferente? Essa situação dependia das minhas ações? Minha comunicação foi assertiva?”
Veja o que estava ao seu alcance, anote, faça listas e perceba que seus pensamentos vão ficar mais claros, a ira vai diminuir e até a frustração pode ser mais leve.

 

Converse com seu psicoterapeuta sobre suas frustrações. Tire-as do armário e lide com elas de forma adulta. Garanto que o resultado será libertador!

 

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