Desde crianças somos ensinados a nos diferenciar conforme nossa raça, cor, sexo, orientação sexual, classe social, entre outras “seções” definidas por políticas, religiões e coletividade. A princípio, apresentar a uma criança a diversidade humana é puramente saudável e necessário para o seu desenvolvimento e convívio em sociedade. Porém, não é assim que é interpretado por uma grande parte das famílias pelo mundo. As diferenças, podem representar ameaça à crenças enraizadas desde muito cedo e ferir aquilo em que acredita ser certo e errado.

Especificamente, a diversidade de gênero é encarada como uma ameaça aos bons costumes da família tradicional e conservadora, além de cutucar individualmente em questões internas, reprimidas e ocultas pelo próprio ego. O histórico de tratamento desigual, insultos verbais e violência física contra pessoas LGBTT, torna o preconceito um hábito em todas as esferas da vida destas pessoas, seja em casa, na escola, no trabalho e na sociedade em geral. Aqueles, a grande maioria transexuais e travestis, que são expulsos de casa e/ou não conseguem concluir qualquer grau de escolaridade por tamanha repressão dos outros, acabam nas ruas e, sem muitas escolhas, aderem à prostituição. É um cenário triste, mas bem comum.

Geralmente, os transgêneros que conseguem um emprego, ainda não assumiram sua identidade ou estão em processo. É uma decisão bastante difícil, pois há o receio de ser demitido e da reação dos colegas, colocando em risco a carreira e tudo conquistado até então. As empresas que dão oportunidade para profissionais LGBTT precisam de uma política específica sobre o tema e oferecer um acompanhamento psicológico para os funcionário a fim de garantir o bem estar e harmonia no ambiente de trabalho. Empresas que não dão oportunidade para estas pessoas, precisam rever seus valores e conceitos.

Nas empresas, o acompanhamento psicológico é indicado, não somente para as pessoas LGBTT, mas também para os colegas opressores ou para quem não respeita a identidade do outro. A análise psicológica é significativa para uma melhor compreensão e respeito mútuo e ajuda a evitar sofrimentos psicológicos, depressões, ansiedades e vícios em álcool e drogas das pessoas discriminadas que consequentemente, além de prejudicar a vida pessoal, prejudica também a produtividade no trabalho.

A diversidade faz bem ao convívio social e ao mundo corporativo. Já foi comprovado por pesquisas recentes que a diversidade nas empresas promove uma melhor produtividade e desempenho no mercado. A inclusão do que é diferente garante troca de ideias, culturas e experiências, fomenta a inovação e a criatividade, dando espaço para novas possibilidades e união entre as pessoas. Além claro, de garantir que talentos, independente de seu gênero e outras diferenças, possam exercer bons cargos com liberdade, confiança e dignidade.