DA MARI

PSICOLOGIA, PSICANÁLISE, SEXUALIDADE E DIVERSIDADE DE GÊNERO

O Medo de SER em uma Sociedade Heteronormativa

Por que as vezes é tão difícil assumir uma sexualidade? Por que, para muitos, é tão difícil se descobrir, se aceitar, se assumir para si e para a sociedade? O medo da discriminação, do preconceito, da intolerância, do repúdio, da isolação, da violência e de muitas outras variáveis assombram quem só quer SER quem se é.

É verdade que muito desta dificuldade, de se descobrir e se assumir, vem deconflitos internos e conteúdos inconscientes da mente que provavelmente se instalaram em algum momento marcante do passado. É verdade também que ainda vivemos em uma sociedade heteronormativa que conceitua a heterossexualidade como um único padrão correto a ser seguido, como uma norma social ordenada por políticas, crenças e pelo senso comum. São verdades, que indicam a imposição e expectativa gerada para um indivíduo assumir o seu papel feminino ou masculino na sociedade (de acordo com seu sexo de nascença) criam angústias e distúrbios psicológicos para alguém que não identifica o seu sexo biológico com sua identidade de gênero, orientação sexual e/ou expressão de gênero.

A homofobia, a transfobia ou qualquer outra fobia em relação as pessoas de diferentes identidades de gênero, matam por dentro e por fora, seja por violência psíquica e física. Estes atos de rejeição afetam o psicológico de tal maneira que a pessoa se sente excluída e inútil aos olhos de todos, se isola, se deprime profundamente e pode até provocar o suicídio.

Quem pratica qualquer ato discriminatório, muitas vezes por simples ignorância e falta de conhecimento, também precisa se avaliar e identificar o porquê de tanta repulsa. Seria somente a educação em seu âmbito familiar e de crescimento sobre o padrão doutrinado durante gerações? Ou seria algo de seu inconsciente, um desejo recalcado e reprimido no qual resiste e persiste em não reconhecer? Pode ser sim, alguma forma de identificação com o oprimido, mas encontra nas ofensas e violência uma maneira de negar a sua verdade. Daí, partimos para aquela questão tão polêmica: Quem, na verdade, precisa de cura?

O fato é que os dois lados precisam de um acompanhamento profissional psi, na dificuldade para descobrir a sua verdade. O oprimido, para se libertar de tudo o que impede para ser quem se é, com sua identidade e sexualidade. O opressor, para resolver suas questões internas e admitir prováveis desejos e inclinações sexuais, além de obter mais conhecimento sobre a diversidade de gênero e sexual humana.

A resposta para a dificuldade em se assumir está dentro de cada um, mesmo com o bombardeio externo de uma sociedade heteronormativa. Pois, é mudando o seu interior que se mudam os pensamentos, hábitos, costumes e padrões. É com o amor e respeito por si mesmo que se encontra coragem e confiança para se assumir e viver uma vida mais digna, leve e feliz.

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